Precisamos conversar sobre a baixa autoestima na infância.
Mês passado conversamos sobre a importância de ter tempo de qualidade com os pequenos. Hoje quero alertar vocês, mamãe e papai, sobre o cuidado que precisam ter com a autoestima do seu filho. No consultório, essa é a maior demanda que eu recebo (além de ansiedade). A baixa autoestima causa prejuízos para a criança e se não for tratada pode acompanha-la até a vida adulta.
A autoestima é um fator básico na formação pessoal das crianças e é um tema que vêm alertando pais e profissionais. É uma preocupação presente em muitas casas e escolas, principalmente porque a autoestima está relacionada com problemas como depressão, anorexia, timidez, entre outros.
As crianças não conseguem verbalizar o que e como se sentem, por isso é importante prestar atenção aos sinais que elas dão:
- Crianças com baixa autoestima geralmente se comparam aos demais;
- Supervaloriza as qualidades dos outros;
- Não se acha capaz de fazer o que os colegas ou crianças próximas a elas fazem;
- Algumas crianças são agressivas, pois não sabem canalizar as emoções;
- Outras crianças se isolam, não participam de brincadeiras em grupo e nem dão sua opinião pois acham que não podem influenciar o seu meio.
Alguns pais exigem muito dos seus filhos e quando eles não conseguem responder as expectativas acabam ficando frustrados. Isso explica o porquê de algumas crianças apresentarem baixa autoestima. É importante valorizar as crianças em tudo o que fazem, comemorar suas conquistas e incentivá-las a continuar.
Lembre-se que você é a pessoa mais importante do mundo para ela, então a sua aceitação incondicional é fundamental para que o seu filho cresça de maneira saudável.
Como é possível incentivar a autoestima dos pequenos?
- É importante a criança sentir que é apreciada por aquilo que faz, isso faz com que ela se sinta especial;
- Caminhe lado a lado com o seu filho, incentive-o a tomar decisões e o faça refletir sobre elas;
- Dê a criança oportunidades para que ela possa oferecer ajuda, essa é uma ótima maneira de fazê-la se sentir bem sobre si mesma e aos outros.
Existem também alguns comportamentos que você pode adotar para aumentar a autoestima do seu filho, são eles: sorrisos, abraços, toque, aceitação, tempo de qualidade, escuta, ser solidário, cooperação e atribuir responsabilidades.
Enfim, há muitas maneiras de promover a autoestima dos pequenos, para isso é importante se atentar aos detalhes e sinais que o seu filho lhe transmite. Se colocar no lugar dele ao fazer uma reclamação ou crítica também ajuda muito nesse processo; “como você se sentiria se fosse chamado a atenção desta ou daquela maneira?” Valorize sempre aquilo que ele tem de melhor e o ajude a trabalhar o que o incomoda nele mesmo. Faça-o perceber que é normal cometer algumas falhas, e quando isso acontecer o ajude a melhorar, dentro do que é possível para ele.
Espero que este texto tenha lhe ajudado! Qualquer dúvida pode deixar nos comentários que terei prazer em lhe responder. E caso perceba alguns dos sintomas citados no texto, procure ajuda profissional.
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Amanda Ferraz, psicóloga infantil, graduada pelas Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – MG, especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Iseib de Belo Horizonte, Tutora EaD, Membro do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade e Psicóloga da Rede Psicoterapias. Em BH atua na clínica com atendimento para crianças, adolescentes, além de orientar e ministra palestras e cursos para pais.
Contato: amandafoliveira1@gmail.com • +55 (31) 97553-1837
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