Tecnologia na infância, como lidar?
A tecnologia está aí e faz parte do universo das novas gerações, hoje não temos como nos desvincular delas, e com isso as crianças estão tendo contato com aparelhos eletrônicos cada vez mais cedo. É importante sim que elas tenham acesso às possibilidades oferecidas pela tecnologia, mas isso precisa acontecer de uma forma organizada e orientada para que possa levar a um efetivo aprendizado.
Hoje eu recebo dúvidas de pais, seja no consultório ou nas redes sociais, sobre o uso da tecnologia por crianças. Eu particularmente não tenho nada contra os aparelhos eletrônicos, mas é preciso estar atento ao uso que as crianças fazem disso.
A tecnologia pode servir tanto para conectar crianças com pessoas e o mundo quanto isolá-las do convívio social, pode também contribuir para seus estudos e conhecimento. Por exemplo, pode se utilizar o e-book como forma de incentivar a criança a ler, mas utilizar livros físicos é necessário.
Idade para o primeiro contato com a tecnologia
Apesar de que não há uma idade pré-estabelecida para o início do contato com a tecnologia não é recomendado o uso de dispositivos eletrônicos para crianças menores de dois anos, isso porque o seu cérebro não está totalmente formado.
Aos papais é preciso ter atenção com relação ao “como” as crianças estão utilizando esses equipamentos tecnológicos e se estão deixando de lado outros tipos de brincadeiras que são necessárias ao seu desenvolvimento. O crescimento intelectual e físico precisam estar integrados, e não se deve substituir todos os tipos de diversão pelo videogame ou tablet.
Algumas dicas
Sempre digo que o bom senso no momento de educar é muito importante e com a tecnologia não é diferente. Mas darei algumas orientações que podem ajudar na relação dos pequenos com a tecnologia:
- Não deixar o computador no quarto dos filhos;
- Estipular horário para que a criança use dispositivos tecnológicos (computador, tablet, celular);
- Utilizar o computador e tablet também para fazer pesquisas escolares, leitura, visitas a museus (online);
- Conversar sobre os perigos da internet, como sites perigosos, pessoas mal intencionadas, vírus…;
- Lembrar a criança de nunca dar seu telefone ou endereço para estranhos na internet ou marcar encontros.
Lembrem-se sempre de que os pequenos precisam brincar, correr, se sujar, gastar energia, estar envolvido com outras crianças, se relacionar, estar em contato com a natureza; isso sim é essencial para o seu desenvolvimento.
Não esqueça de deixar seu comentário, pergunta ou sugestão para próximos textos.
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Amanda Ferraz, psicóloga infantil, graduada pelas Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – MG, especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Iseib de Belo Horizonte, Tutora EaD, Membro do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade e Psicóloga da Rede Psicoterapias. Em BH atua na clínica com atendimento para crianças, adolescentes, além de orientar e ministra palestras e cursos para pais.
Contato: amandafoliveira1@gmail.com • +55 (31) 97553-1837
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