Além dos benefícios comuns a todas as atividades físicas, a prática de luta auxilia no desenvolvimento de disciplina, autoconfiança e socialização das crianças.
Por: Cia Athletica
O incentivo à prática de atividade física desde a infância é muito importante para que a pessoa tenha hábitos saudáveis e previna doenças na vida adulta. Algumas modalidades podem contribuir para outros ganhos como disciplina, autoconfiança, socialização e perseverança, a exemplo de lutas como o Taekwondo e o Judô. Ao contrário do que alguns pais temem, essa prática não estimula o comportamento violento, porque trabalha conceitos como cortesia, autocontrole, respeito ao próximo e integridade.
Na Cia Athletica de Belo Horizonte, crianças a partir de 3 anos podem iniciar o Judô e, a partir de 5 anos, o Taekwondo. São lutas indicadas para o desenvolvimento de equilíbrio, força, lateralidade, coordenação motora e velocidade. Por serem atividades coletivas e com um gasto alto de energia, permitem, ainda, auxiliar em casos de sobrepeso e socialização.
O Taekwondo é uma arte marcial conhecida como a técnica dos “homens voadores”, tem origem coreana e trabalha ataque e defesa usando os pés e as mãos. O professor da Cia Athletica, Edvaldo Queiroz, observa que o currículo para crianças é o mesmo dos adultos, e abrange a teoria, para aprender os conceitos e a filosofia; a parte marcial, de movimentos, incluindo defesa pessoal, e o chamado “quebramento”, que desenvolve a precisão nos movimentos, força e equilíbrio emocional. Entretanto, o perfil da aula varia conforme a faixa etária, que define o grau de ludicidade e de rigor na execução dos movimentos. “Entre 5 e 6 anos nós trabalhamos salto, arremesso, corrida, como agarrar, etc.
A aula tem brincadeiras, histórias para aprender a filosofia, e a criança pode trocar de faixa uma vez. De 7 a 10 anos, o aluno pode trocar de faixa até 5 vezes, dependendo da qualidade técnica que o aluno apresenta e do tempo de dedicação. De 11 a 14 anos, o adolescente pode progredir para até 5 faixas. Aos 15 anos, o aluno pode disputar campeonatos internacionais’”, explica Edvaldo.
Já o Judô é de origem japonesa e trabalha quedas, imobilizações e amortecimentos. A iniciação acontece com aulas mais lúdicas e, além da técnica básica, os pequenos exercitam os conceitos de ordem, respeito, trabalho em equipe, saber ganhar e saber perder.
“As aulas para crianças de três a cinco anos têm mais jogos e brincadeiras. As noções de luta e técnica começam a partir de 6 anos, que é quando a criança começa a ter um grau de discernimento e consegue se expressar melhor”, explica o professor de Judô da Cia Athletica Roberto Ferreira. Até os 13 anos não são feitas competições, mas festivais que reconhecem o desempenho individual dos alunos. “Nesse caso, o foco não é vencer o oponente, mas perceber se está executando os movimentos corretamente”, observa.
Os pais aprovam a prática e os resultados da luta para os filhos. Há dois anos, Sofia Gomes Mundim Bar, 9 anos, pratica o Taekwondo, participa de mudanças de faixa e tem uma grande dedicação na execução dos movimentos. A mãe dela, Gabriela Gomes Mundim Bar, observa que a atividade tem auxiliado no foco, disciplina e também no autocontrole.
“A Sofia se empenha em tudo o que faz, mas tem dificuldade de lidar com as emoções quando algo não sai do jeito que ela quer. Com as aulas de taekwondo ela também tem aprendido a reagir melhor em situações desse tipo”, avalia.
A médica Érica Barcala conta que o filho Bruno, hoje com 11 anos, iniciou o contato com o judô aos 3 anos com a proposta de fazer uma atividade recreativa.
“Eu entendo que o judô é uma filosofia que ensina a se proteger, mas também a respeitar o próximo. E a pessoa desenvolve uma disciplina para a vida. O Bruno é uma pessoa pacífica, gentil, comunicativa e volta da academia mais relaxado, mais tranquilo. Acho que a autodefesa dá uma segurança e ele só pratica na aula com supervisão”.
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