Setembro Amarelo. Como a medicina ampliada pela Antroposofia ajuda a tratar e prevenir a depressão e evitar o suicídio?
Especialista explica que na visão da Antroposofia o Homem é percebido como um ser em desenvolvimento físico, anímico e espiritual, podendo-se acompanhar suas transformações ao longo do tempo.
Há poucos anos falar sobre suicídio e depressão era raro. Alguns ainda consideram o problema apenas uma “frescura” e conversar sobre o assunto ainda nos dias de hoje, é um tabu. Porém, a depressão e suas consequências são uma doença.
Em 2015, a campanha Setembro Amarelo surgiu para conscientizar e estimular a população sobre a importância de discutir o assunto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença já é considerada um dos maiores males do século. Além disso, 9 entre cada 10 casos de suicídio poderiam ser evitados com a busca por ajuda profissional. Mas, os diversos tipos de preconceito presentes na sociedade, muitas vezes, impedem que a pessoa procure por auxílio.
Uma das principais causas da depressão em crianças está relacionada ao excesso de exposição a situações ou notícias ruins.
Na visão da médica Danielli Ferraz, especialista em medicina ampliada pela Antroposofia, que trabalha também com crianças através da medicina escolar, uma das principais causas da doença em crianças está relacionada ao excesso de exposição a situações ou notícias ruins.
“Para se tornar um adulto saudável, a criança, até os 7 anos de idade, precisa vivenciar um mundo bom, já entre os 7 e 14 anos, que o é mundo belo e a partir daí deve gradualmente descobrir o mundo verdadeiro”.
Ela alerta que alguns sinais como isolar-se dos demais, perda de interesse, sensação de tristeza contínua, alterações no sono e apetite, apatia, automutilações, entre outros, podem ser indícios de que o individuo sofre com depressão.
“Nesse momento, mesmo que sejam considerados sintomas iniciais ou “fracos”, o fundamental é procurar um profissional habilitado para ajudar. Praticar exercícios físicos diários (se possível), realizar técnicas de relaxamento, rituais religiosos, arte-terapia, psicoterapia, hábitos alimentares saudáveis, qualidade de sono, entre outros, são algumas maneiras para auxiliar na prevenção contra a doença”, garantiu.
Depressão na fase adulta
Para tentar entender a depressão em adultos, a especialista declara que é preciso olhar para o “como” estamos vivendo e afirma que todo ser humano tem um propósito de vida
“A sociedade se esvaziou desta premissa e vive uma vida que não preenche os anseios da alma humana, levando, em alguns casos, a depressão. Além disso, traumas e feridas emocionais não curadas, como histórico de abusos sexuais, moral e outros também podem levar à depressão, de acordo com ela”.
Segundo a clínica médica, os adultos de nosso tempo são, assim como as crianças, constantemente bombardeados por notícias cruéis, medos, inseguranças, excesso de pressão e competição, alem de terem como único ou mais importante propósito de vida, ganhar dinheiro.
“Porém, este “estilo de vida” mina forças da alma como alegria, esperança, resiliência e outros aspectos, e não nos preenche, como seres humanos”.
Dependendo da gravidade do quadro, Danielli esclarece que o tratamento Antroposófico pode ser feito em conjunto com terapia tradicional prescrito pelo especialista em psiquiatria ou clínico geral.
“Com as técnicas e conhecimentos da Antroposofia é possível entender e tratar a doença a partir do interior do indivíduo. A medicina ampliada pela Antroposofia traz uma compreensão do ser humano que pode nortear os pais na educação de seus filhos para protegê-los de temas e realidades que podem levar a depressão. Pôde-se também através da Medicina ampliada pela Antroposofia compreender a história de vida do paciente e tratar a depressão a partir da causa”, contou.
Fonte: Danielli Ferraz, clínica médica com formação ampliada pela medicina antroposófica e medicina escolar, especialista em cardiologia pela UFMG (www.danielliferraz.com).
Quer receber novidades, cadastre-se abaixo: